A Importância do Reconhecimento da União Estável: Proteção Legal e Direitos Garantidos

Aspectos Gerais

A união estável, reconhecida pela legislação brasileira, é uma forma de constituição familiar que tem ganhado destaque e importância ao longo dos anos. Esse instituto jurídico é definido como uma convivência pública, contínua e duradoura entre duas pessoas, com o objetivo de constituir família, independentemente de casamento formal. Reconhecer e formalizar essa união é essencial para garantir direitos e proporcionar segurança jurídica ao casal.

Características da União Estável

De acordo com o Código Civil Brasileiro, em seu artigo 1.723, a união estável deve preencher alguns requisitos fundamentais:

  1. Garantia de Sustento: A pensão alimentícia é fundamental para garantir o sustento da criança ou adolescente, cobrindo despesas como alimentação, educação, saúde, vestuário, lazer, e outras necessidades básicas.
  2. Publicidade: A convivência deve ser pública, ou seja, reconhecida socialmente como uma relação familiar.
  3. Continuidade: A relação deve ser contínua, sem interrupções que descaracterizem a intenção de formar uma família.
  4. Durabilidade: Embora a lei não estipule um prazo mínimo, o relacionamento deve demonstrar uma estabilidade temporal.
  5. Objetivo de Constituir Família: O casal deve ter a intenção de formar uma família, que é o elemento subjetivo mais relevante.

Essas características, quando presentes, permitem que a união estável seja reconhecida juridicamente, assegurando aos conviventes direitos e deveres semelhantes aos de um casamento civil.

Vantagens do Reconhecimento da União Estável

Formalizar a união estável, seja por meio de escritura pública em cartório ou ação judicial, é fundamental para a proteção dos direitos dos parceiros. Entre as vantagens do reconhecimento, destacam-se:

  1. Direitos Sucessórios: Com o reconhecimento, o companheiro passa a ter direito à herança, conforme previsto no artigo 1.790 do Código Civil, ainda que de forma diferenciada em relação ao cônjuge do casamento civil.
  2. Partilha de Bens: Na ausência de um contrato de convivência estabelecendo outro regime, aplica-se o regime da comunhão parcial de bens, onde o patrimônio adquirido durante a união é dividido igualmente entre os parceiros.
  3. Pensão Alimentícia: O reconhecimento da união estável pode dar direito a pleitear pensão alimentícia, tanto em caso de separação quanto em decorrência de necessidade após o término da relação.
  4. Benefícios Previdenciários: O parceiro pode ser considerado dependente para fins de benefícios previdenciários, como pensão por morte e auxílio-reclusão, entre outros.
  5. Direitos Trabalhistas: Em situações de falecimento, o companheiro pode ter direito a receber benefícios como o seguro de vida e outros direitos trabalhistas, que seriam devidos ao cônjuge.

Reconhecimento e Formalização

O reconhecimento da união estável pode ser feito de maneira extrajudicial, através de escritura pública lavrada em cartório, onde os conviventes declaram sua união e estabelecem o regime de bens que desejam adotar. Caso optem por não formalizar extrajudicialmente, a união pode ser reconhecida judicialmente, especialmente em contextos de litígio ou necessidade de comprovação perante terceiros.

Além disso, formalizar a união estável previne conflitos futuros e facilita a comprovação do relacionamento em situações que demandam prova, como em processos de adoção, financiamento imobiliário, obtenção de visto para estrangeiro, entre outras.

Base legal

A união estável é protegida pela Constituição Federal de 1988, que a reconhece como entidade familiar e assegura sua conversão em casamento, se assim desejarem os conviventes. O Código Civil, principalmente em seus artigos 1.723 a 1.727, regulamenta a união estável, trazendo normas sobre direitos e deveres dos conviventes, regime de bens, e outros aspectos relevantes.

Conclusão

O reconhecimento da união estável não se trata apenas de uma formalidade, mas sim de um instrumento crucial para a proteção dos direitos dos conviventes. Ao formalizar essa união, o casal garante segurança jurídica, resguarda direitos patrimoniais e sucessórios, e fortalece a construção familiar diante da lei. Por isso, é altamente recomendável que os casais que se encaixam nos requisitos para a união estável busquem formalizá-la, assegurando que seus direitos sejam devidamente reconhecidos e respeitados.

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Michael Alessandro da Rocha

Advogado

OAB 221.568

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